domingo, 27 de março de 2016

EGITO 2000 - UM CRUZEIRO PELO NILO ( 13 ) : Abu-Simbel





Álbum de fotos exclusivas :

aqui você verá algumas  imagens inéditas, que não aparecem  nos livros especializados em Egiptologia, porque foram registradas por mim mesmo, nos salões e nas pequenas salas interiores do Grande Templo de Abu-Simbel. 

Destinam-se a estudos sistemáticos











ABU-SIMBEL
o Grande Templo de Ramsés II






Aeroporto de Abu-Simbel






Originalmente o Grande Templo de Abu-Simbel estava nesta área coberta pelas águas da Represa de Assuan, há 64 metros de profundidade.


O templo foi cortado em blocos de até 30 toneladas, trabalho dirigido pelo autor desse projeto, o engenheiro italiano PIETRO CAZZOLI.



Uma imensa estrutura de concreto foi montada, em forma de montanha, para abrigar, em seu interior, o Grande Templo de RAMSÉS II,
assim como outra estrutura menor para o Pequeno Templo da Rainha NEFERTARI.









Imagem interna da grande montanha de concreto construída para preservar o templo de Ramsés II. 


Planta-esquema do interior do Grande Templo, com seus salões, salas anexas e o santuário.




WMV







Seqüência de imagens, de diversos ângulos, da fachada do Templo de RAMSÉS II, com 32 metros de altura por 48 metros de largura.





Quatro colossos de RAMSÉS II, com 20 metros de altura, identificam-no aos deus-sol RÁ : 
um templo para comemorar o nascimento diário do sol.


 


Entre suas pernas vemos estátuas da família real : sua mãe, sua esposa Nefertari e seus filhos.





As duas estátuas do lado esquerdo da fachada  -  uma desmoronou.






Fragmentos da cabeça e da coroa da estátua desmoronada







 As duas estátuas do lado direito da fachada


  





Estátua representando sua bem-amada, a rainha NEFERTARI, esculpida nos pés do assento.







Imagem do deus-sol , em baixo-relevo, sobre a porta de entrada do Grande Templo.






O primeiro salão subterrânea do templo contém pilares com estátuas de RAMSÉS II identificado a OSÍRIS
São chamadas de colunas osiriformes.












As pinturas no teto mostram  o símbolo máximo da realeza, como que abençoando as imagens do faraó, ou de quem passar por debaixo deles.








As paredes atrás dessas colunas estão repletas de cenas hieroglíficas de RAMSÉS II recebendo homenagens, mas principalmente comandando seu exército nas batalhas de Kadesh




A batalha de Kadesh foi a mais importante do seu reinado, contra MUTALLA, governador hitita da Síria. Durante 10 anos os hititas pagaram-lhe tributos.



Aqui, o faraó amassa o crânio de inimigos capturados, sob a proteção do deus-falcão








A Batalha de Kadesh foi a mais importante de todo o seu reinado.



Formação : os carros de combate e a infantaria






























RAMSÉS II com a coroa de guerra  ( "keperesh" )





RAMSÉS II com a Dupla Coroa  ( 'pa-shenti' )











































RAMSÉS II  com a coroa  'Pa-Shenti'  ( do Alto e Baixo Egitos ) e a barba postiça, símbolo da descendência divina dos faraós.













Deusa ÍSIS e MIN recebendo homenagens 


RAMSÉS II  com a coroa  'kheperesh'  ( de guerra )




Hieróglifos em baixo-relevo da rainha NEFERTARI e RAMSÉS II 





Baixo-relevo de andor com a barca sagrada do deus AMEN







O santuário do Grande Templo contém 4 estátuas sentadas, dos deuses PTAH, AMEN, RÁ-HORAKTE e do próprio RAMSÉS II, entre eles.

Apenas duas vezes por ano ( em 21/02 - dia do seu nascimento  e  22/10 - dia de sua coroação ) os primeiros raios do sol nascente atravessavam o corredor obscuro do templo e iluminavam essas estátuas, menos a do deus PTAH  (à esquerda), considerado um senhor das trevas iniciais do mundo.















O Nilo, visto do templo de Abu-Simbel









"Graças aos esforços de todos, ó grande faraó RAMSÉS, eis-te agora salvo, pronto para retomar, sob a barca sagrada, tua viagem ao longo dos séculos, como o sol nascente de cada manhã" !







O projeto de salvamento de Abu-Simbel foi o de maior envergadura e custou 41 milhões de dólares  -  o principal contribuinte estrangeiro foram os EUA, com 12 milhões.

Em março de 1964 iniciaram-se os trabalhos, sob orientação do engenheiro italiano PIETRO CAZZOLI, autor do arrojado projeto.

Ergueram-se andaimes para proteger os tetos, as paredes e as colunatas contra a força da descompressão.

As extremidades dos andaimes foram acolchoadas com grossas almofadas de espuma plástica, para não ferir os desenhos e hieróglifos.


 


Depois, empreendeu-se o corte do templo, em blocos, desmontando-o pedra por pedra, do topo às entranhas da rocha.

Cada bloco recebeu um número e uma identificação simultânea da sua posição, de acordo com um sistema pré-estabelecido.


 


A areia fina introduzia-se nos mecanismos das serras e dificultava os trabalhos.

O calor foi o pior inimigo : 38º  C à sombra e mais de 60ºC ao sol.

Os instrumentos de metal ficavam tão quentes que precisavam ser transportados em baldes d'água.


 



Cada trabalhador perdia 5 litros de suor por dia.

O serradores eram na maioria italianos, vindos das pedreiras de Carrara, na Itália.










O transporte dos blocos, depois de neles haverem sido inserido varas de aço, como alças de içamento, era feito por enorme veículo baixo, com o fundo acolchoado de areia e pedaços de espuma plástica.


"Eles trabalhavam como demônios, com mãos de anjos"  -  comentava o engenheiro egípcio AZIZ MADKUR.







  

Os astrônomos e os arquitetos do faraó orientaram o templo de tal maneira que os raios do sol nascente, duas vezes por ano, podiam iluminar seu obscuro santuário.

Na sua reconstrução, respeitou-se a mesma orientação, tanto em relação ao sol quanto ao aspecto do ambiente primitivo  =  exatamente como queria RAMSÉS.






Em resumo, eles esvaziaram a montanha e reconstruíram, na luz, aquilo que os egípcios talharam nas trevas.

Eles abrigaram, sob uma abóbada de concreto, o precioso templo de RAMSÉS II, para preservar a sua presença terrestre.


Às vezes, não sabemos a quem admirar mais:
se aos homens que construíram o templo
ou se aos homens que hoje o salvaram.


























O nosso grupo turístico.

Anita ficou em Assuan, junto com o Prof.Walmor Pedretti, que me cedeu sua passagem para que  pudesse visitar e conhecer Abu-Simbel : uma permissão dos deuses do Antigo Egito, materializada nesta generosidade.

Devo-lhe eterno agradecimento por estas imagens.





A última imagem que registrei do Grande Templo.





Algumas das inúmeras estelas escavadas na montanha, ao redor do templo 







Família núbia dirigindo-se para os templos








Visitado em 06 de fevereiro de 2000.














O sucessor de Ramsés II foi seu filho MERNEPTAH, em cujo governo ocorreu o conhecido Êxodo bíblico.









Assista os documentários  :

       COMO SE SALVARAM OS TEMPLOS DA NÚBIA
https://www.youtube.com/watch?v=PkQQ36Jws7E

        RAMSÉS
https://www.youtube.com/watch?v=ys9JZc61KCc





O governo egípcio presenteou vários países que investiram na remoção das relíquias faraônicas da Núbia com pequenos templos, como forma de agradecimento pelos trabalhos realizados por suas equipes técnicas.



O templo de Debod  foi doado à Espanha.
Está em Madrid.



O templo de Dendur foi doado aos Estados Unidos da América.
Está em Nova Iorque.












Vídeo deste link

Grande Templo de Ramsés II em Abu-Simbel :







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