domingo, 24 de maio de 2015

ELEMENTOS DE MITOLOGIA EGÍPCIA : Édson Ruivo de Souza


in  Jornal "A Tribuna".  
Santos, 22 de agosto de 1976 - pág. 21.



Em homenagem aos irmãos Vilela












No inicio de todas as eras,
Shu, o ar  e  Tefnut, a umidade,
juntaram-se logo e, sem mais esperas,
nascem dois filhos, pois, na verdade,
são irmãos :  Nut, o céu inefável
e ela :  Geb, que é a terra agradável.

          Seres bem diferentes, então,
          Nut e Geb, se ligaram e, assim,
          surgem deuses rivais dessa união
          - como contam as lendas enfim -
          entre eles, menciono eu aqui :
          Ísis, Néftis, Osíris, Seth.


Vendo Ísis, um dia, o Egipto
que, somente, desertos encerra,
chora e as lágrimas, pelo bonito
rosto, escorrem e banham a terra,
e esta deusa, de modo tranquilo,
vê formar neste solo o Rio Nilo.


          Mas Osíris que Ísis cobiça
          por esposa, com sistros sonoros,
          de aviosos tinir, a enfeitiça
          e a engravida de seu filho Horus;
          ao nascer, um dos olhos maltrata,
          Thot, médico e deus, bem o trata.


O irmão de Seth, mais falado,
era Osíris e inveja causava;
assim sendo, morre assassinado
em combate que com ele trava;
e Seth, bem cruel, sem cansaços,
corta o corpo em catorze pedaços.


           Se Anúbis recolhe estas partes,
           em seguida, as entrega a Ísis
           que, com sopro, engenhos e artes,
           ressuscita e torna felizes,
           sua esposa e irmã, como o filho,
           dando ao coro, por fim, novo brilho.




Horus, jura vigar-se do pai
e humilhar, com castigos, o tio;
derrotando Seth, Horus vai
e emascula-o, deixando-o bem frio;
tira um olho que torna o sinal
da vitória do Bem e do Mal.


          Deus do Mal, é Seth desenhado
          nos painéis que os egípcios notáveis,
          construíram em tempo passado
          e até hoje, nos dão memoráveis,
          as mais belas lições, de profundo
          conteúdo de artes do mundo.


















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O mito de Osíris















A crença na imortalidade da alma é a grande doutrina religiosa que os egípcios nos deixaram.  Os textos hieroglíficos revelam que eles acreditavam em um deus infinito e eterno, na providência divina, no perdão dos pecados, nas recompensas ou punições depois da morte.  A própria concepção da trindade divina, também a herdamos do Egito Antigo. Essa concepção está nesta litania do ano 2.200 aC. :






                        "Todos os deuses são três :
                          AMEN, RÁ  e  PTAH  -
                          e não há um segundo deus.
                          'Oculto'  é o nome de  AMEN ;
                          seu rosto é  RÁ ,
                          seu corpo é  PTAH.
                          Só  AMEN  é como  RÁ 
                          e como  PTAH ,
                          os  três  juntos " !
  






"MISTÉRIOS" 
cerimônias da Antiguidade, destinadas à iniciação de profanos ;  curso de ensinamentos secundários e superiores, científicos e filosóficos, destinados a perpetuar as tradições ancestrais do gênero humano, os princípios fundamentais dos conhecimentos.






ADENDA


"Faraó"  :
 
Composição de
LUCIANO GOMES
 
 
 
Deuses,
Divindade infinita do universo.
Predominante
Esquema mitológico.
A ênfase do espírito original,
Shu,
Formará
Do Éden um ovo cósmico

A emersão
Nem Osíris sabe como aconteceu (2x)

A ordem ou submissão
Do olho seu
Transformou-se
Na verdadeira humanidade.

Epopéia
Do Código de Geb.
E Nut
Gerou as estrelas.

Osíris
Proclamou Matrimônio com Ísis.
E o mau Seth
Irado o assassinou
E impera.
Hórus levando avante
A vingança do pai
Derrotando o Império do mau Seth
Ao grito da vitória
Que nos satisfaz.

Cadê?
Tutancâmon
(Ei, Gizé)!
Akhaenaton... (2x)

Eu falei Faraó! (êeeee Faraó)
Clamo Olodum, Pelourinho (êeeee Faraó)
Pirâmide a base do Egito (êeeee Faraó)
Clamo Olodum, Pelourinho (êeeee Faraó)

Que mara, mara, mara, maravilha é
(Egito, Egito, ê)!
Faraó (ó ó ó)

Pelourinho,
Uma pequena comunidade
Que, porém, Olodum unira
Em laço de confraternidade.

Despertai-vos para a
Cultura egípcia no Brasil,
Em vez de cabelos trançados
Veremos turbantes de Tutancâmon.

E nas cabeças
Se enchem de liberdade,
O Povo negro pede igualdade
E deixemos de lado as separações.

Eu falei Faraó!
Esse é o Olodum reggaeton!
Batendo na palma da mão!

















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