Dinastia é uma seqüência de governantes considerados como membros da mesma família.
Cronologia - do grego 'chronos', tempo, + 'logos', estudo - é a ciência que determina as datas e a ordem dos acontecimentos históricos, descrevendo e agrupando numa sequência lógica.
Legenda : [ em verde ] - nomes reais listados por MÁNETON.
( amarelo ) - reis ou acontecimentos de outras nações/regiões.
( laranja ) - nomes reais da Lista de Ábidos e Tunrei, de Sakkára.
IV DINASTIA
2.750 aC.
Nebhmaet
SNEFRU
SNEFRU
[ Souphis ]
Pirâmides de Meidum e Dashur.
Culto de RÁ.
Expedições à Núbia e Líbia.
Evolução da verdadeira pirâmide.
Expedição à Síria, a procura de madeira.
1ª Dinastia de Ur (Suméria )
Neb-Maat
SHARU
SHARU
[ Soris ]
Rainha : MERITOTIS.
Máximo desenvolvimento piramidal.
Construções em Bubaste, Dendera e Coptus.
Seu cartucho aparece nas Minas do Sinai.
Madjedu
KHUFU
KHUFU
[ Souphis I ]
Construção da Grande Pirâmide de Gizé.
Vizir : HENON (?)
Rainha : HENUTSEN
Arquitetos : HENON (?) e IMAI (?)
Mãe : HETEPHIRES II
Filha : MERASANK
RADADF
[Ratoisés ]
KHAFRA
[ Souphis II ]
2ª maior pirâmide de Gizé.
Considerado o autor da Esfinge.
MENKAURA
[ Mencheres ]
3ª grande pirâmide em Gizé.
Alguns hipogeus.
[ Bicheres ]
SHEPSENKAF
[ Sebescheres ]
Rainha : KHAMAAT
[ Thamphthis ]
Aparece o título "Filho de Rá".
V DINASTIA
2.500 aC.
USERKAF
RÁ como deus supremo.
Pirâmides pequenas decoradas com relevos delicados.
Dinastia de Akad.
Proto-heládico na Grécia.
SAHURA
Pirâmides em Abussir.
Expedição ao Mar Vermelho , em busca de turquesas no Sinai.
Expedição à Palestina, relatada na galeria oeste de sua pirâmide, com 12 navios.
Expedição à Palestina, relatada na galeria oeste de sua pirâmide, com 12 navios.
( Neferari - Khua )
KAKAA
SHEPSESKARA
Sargão I (2.350 aC.) de Akad domina a Suméria..
NEF-F-RÁ
Vizir : WEST- PTAH
( Kha-Nefer-Rá )
Naram-Sin (2.334 - 2.297 aC.)
Ne-User-Rá
AN
AN
Erecção da Pedra de Palermo (?)
Men-Kau-Hor
AKAN-HOR
AKAN-HOR
Gradual aumento das mástabas particulares.
.
Didkara
ARSA
ARSA
vizir : PTAHTETEP
Instruções de PTAHETEP
UNAS
[ Onnos ]
"Texto das Pirâmides".
VI DINASTIA
2.423 a.C.
Cada rei construiu um santuário especial ao deus-sol.
TETA
Foi intronizado aos 6 anos.
Relatos de UNA, HERKUF, PEPINEKHT e SABNI.
Registros de viagens oficiais ao Sul.
Expedições punitivas contra os Habitantes da Areia (Suez).
Conquista da cidade Palestina.
ATI
Merira
PEPI I
PEPI I
Hipogeus em centros provinciais.
Campanhas militares contra a Síria e Palestina.
IPUWER.
Merenra
MEHTINSAF
MEHTINSAF
Gudéa de Lagash (2.120 aC.)
Nefer-Ka-Ra
PEPI II
PEPI II
Correspondência de HARKUF sobre pigmeus.
Os Guti (N. da Pérsia) submetem os Sumérios.
Merenra
MENTENSAF
MENTENSAF
Inicio do 'feudalismo'.
OUTRAS INFORMAÇÕES
datação abrangente
3.ooo a 2.700 aC.
política e administração
O rei é a alma do Egito = único legislador e sumo-sacerdote.
Proeminência dos escribas.
Adoção de política defensiva.
Exército organizado : corpo móvel e avançado : 'Secretários das Portas'.
Fortalezas ao Norte - para conter nômades.
Fortalezas ao Sul - para conter os núbios.
- governador chamado de 'Diretor das Portas do Sul'.
Cães amestrados acompanham e defendem as expedições comerciais.
comércio
Expedições a Biblos, Palestina, Fenícia.
Frota comercial = empresas de comércio / pagamento feito em espécie.
Armazenamento de comida (peixes secos, trigo, cevada, cerveja...)
arte
Construção de pirâmides, templos e mástabas em grande escala.
Sítios de Gizé e Mênfis.
'Textos das Pirâmides'
Os artistas são muito respeitados.
religião
Lutas entre os sacerdócios de Heliópolis ( RÁ ) e Mênfis ( PTAH ).
O culto a RÁ se impõe : espalha-se na África.
Os reis adotam um prenome solar : usam o título 'Filho de Rá' (VI din.) e o cartucho.
Fórmulas para garantia da imortalidade.
principais nomes
SNEFRU = fundador da IV dinastia.
QUÉOPS, QUÉFREN, MIQUERINOS = pirâmides de Gizé.
SHEPSESKAF = concluiu o complexo funerário de Miquerinos / Conflito com o clero de Heliópolis, favorecendo ao deus PTAH.
USERKAF (V din.) = doações a RÁ.
PEPI II (VI din.) = governou 96 anos.
o oriente próximo
Colônia egípcia estabelecida em Biblos.
SARGÃO de Akad (2.350 aC).
3ª dinastia de UR ( Suméria ).
Imigração dos hititas para Síria e hititas indo-europeus na Anatólia.
PRIMEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO
VII DINASTIA
2.160 aC.
"70 reis em 70 dias"
( MÁNETON )
II Dinastia de Ur - Urnamur (2.112 aC.)
[ Nefer Kamor ]
[ Neferiari Kara ]
Cidades principais : Heracleópolis e Mênfis.
VIII DINASTIA
´Máneton dá um total de 18 reis, sem nomeá-los.
IX - X DINASTIA
2.242 ....
"Danos ao povo em todo o Egito" ( HERÓDOTO ).
2.242 aC.
Meri-Abra
[ Akhtoes ? ]
2.150 aC.
UahKara
[ Akhtoes ? ]
2.100 aC.
Merikara
Sumérios libertam-se de Akad.
III Dinastia de Ur.
Urnamu invade o Elam.
Os chefes tebanos aumentam seus poderes e estendem fronteiras para o Norte,além de Coptus.
Guerras sangrentas.
OUTRAS INFORMAÇÕES
datação abrangente
2.750 a 2.065 aC.
política e administração
Desordem e caos.
Poder crescente dos nobres = 'feudalismo'.
Queda do poder central.
Rei = figura decorativa, sem respeito.
Povo escravizado pelos nobres.
Principados autônomos : lutas entre os nobres / saques de túmulos.
Imersão social.
Mênfis e Heliópolis = cidades ricas.
Tebas conquista a Núbia em busca de ouro, para poder derrotar os nobres poderosos do Norte (Baixo Egito).
arte
Cópia das artes Tinitas.
Literatura chorosa e lamentosa de IPUWER e NEFERHORRU.
'Textos dos sarcófagos"
o contexto histórico
No fim da VI Dinastia, desde o reinado de PEPI II, apareceu uma espécie de fermentação social que logo trouxe uma fragmentação do poder central.
Durante mais de um século o Egito derivou à mercê das convulsões sociais e da anarquia provincial agravada também pelas incursões estrangeiras.
Trata-se de um período extremamente obscuro.
À partir da V Dinastia o cargo de 'nomarca' passa a ser hereditário = atribuímos a isso o começo da decadência do poder real.
Foi também a debilitação dos reis que permitiu o poder crescente dos nomarcas.
O rei perde prestígio e desaparece o caráter sagrado de sua pessoa : essa, a razão mais profunda.
No Egito não houve sistema feudal no sentido que se dá ao termo na História Medieval - houve apenas usurpações locais de poder.
Essas usurpações podiam ser mais ou menos reconhecidas pelo rei, incapaz de reprimí-las, como também às incursões dos beduínos.
Não se sabe sequer se a 'revolução' se estendeu a todo o Egito : é possível que se tenha restringido à região de MÊNFIS.
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