quinta-feira, 1 de setembro de 2016

ARTE EGÍPCIA do ANTIGO IMPÉRIO : - 'Classicismo".


O Antigo Império compreende da I à VI dinastias  -  3.200 a 2160 aC..
Alguns pesquisadores excluem as dinastias Tinitas  ( I,II, III ) do Antigo Império, iniciando-o com Snefru, fundador da IV dinastia.






À princípio, as  'estelas'  foram os únicos elementos decorados que os egípcios punham nos túmulos.



Depois, passaram a desenhar, esculpir ou pintar, sobre as paredes mais próximas do local onde era colocada a múmia.

Fotofilmagem VHS de Jarbas Vilela - Museu do Cairo, 2000.




Representavam os
portadores de oferendas
e tudo aquilo que fosse útil ao morto, tais como cenas da vida cotidiana :
comidas,
ofícios,
ocupações,
distrações : caça e pesca,
sexo.

Essas cenas primeiro foram esculpidas;
depois receberam colorido.

São, na verdade, os primeiros vestígios do "afresco".






As  ESTÁTUAS  deviam ser vistas de frente ou de perfil e faziam parte do conjunto arquitetônico, ocupando um lugar, uma posição pré-estabelecida determinada pelo arquiteto.

Príncipe Ráhotep "general dos arqueiros do rei" e princesa Nefert
Fotofilmagem VHS de Jarbas Vilela - Museu do Cairo, 2000




As regras canônicas estabeleciam um  'cubismo' da estatuária, um  hieratismo  :
formas planas,
quadradas,
estáticas,
compactas,
com equilíbrio.

Tinham um aspecto imóvel, maciço,
uma posição de eternidade,
um sentido de duração, de permanência
e totalmente libertadas no tempo e no espaço.
Formas de individualismo, com liberdade de composição.

Rei Kafrá (diorita)
Fotofilmagem VHS de Jarbas Vilela - Museu do Cairo, 2000.




Eram a representação da vida eterna, uma juventude eterna, intemporal.




As pinturas e relevos mostram
meninos,
criados,
gentes da classe inferior, representados
brincando,
cantando,
arando os campos,
pastoreando animais...




O nobre, entretanto, devia mostrar
autoridade,
dignidade,
superioridade (= sua posição social ),
a vida eterna.


'Sheik El-Beled"  (madeira com olhos incrustados)
Fotofilmagem VHS de Jarbas Vilela - Museu do Cairo, 2000
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

As pirâmides e os túmulos eram construções religiosas : 
demonstram suas pinturas e textos que os egípcios acreditavam na imortalidade e na ressurreição do próprio corpo ;
o morto tinha os mesmos desejos e necessidades dos vivos.

As esculturas e pinturas mostram homens e mulheres com uma crença maravilhosa em seu destino.









Entre as dinastias III e VI estão as grandes obras do Antigo Império :

as pirâmides de Gizé,
as tumbas de Gizé e Sakára, onde foram enterrados os principais habitantes de Mênfis, durante muitos anos.









Na III Dinastia
inventaram o torno de oleiro e um verniz para as peças de cerâmica.

Na V Dinastia
a arte atinge seu apogeu e fixam-se as suas convenções num  'canon'.


O artista foi primeiramente um amador; depois, profissional. 
Mas sempre permaneceu anônimo e pobre.
 
 
 




 
 
PRIMEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO

VII à X dinastias  -  2.160 a 2.150 aC..


Destaque para as estelas de  Nefer  e Indy.



 

terça-feira, 17 de maio de 2016

EGITO 2000 : UM CRUZEIRO PELO NILO ( 16 ) - Kom-Ombo









KON-OMBO :
Templo do deus-crocodilo SOBEK




  



O templo, visto do ancoradouro



 Entrada ao templo.






O inicio da construção deste templo é do reinado de PTOLOMEU IV  ( 180-140 aC. ) e se estendeu por outros governantes da Dinastia Lagidae.

SOBEK, chamado  'Suchos'  pelos gregos, estava associado à fertilidade, à criação do mundo, à proteção da gravidez, mas também com a morte e o sepultamento.

Seu culto provém das XII e XIII Dinastias, ligado ao rio Nilo e à divinização da água.

Tinha clero e ritos próprios.


Na "Lenda de Osíris", foi um dos conspiradores de SETH.
SOBEK devorou o coração de OSÍRIS, quando este foi esquartejado.




Santuário com múmias de crocodilo.



Detalhe de escada.

 Disco solar alado, protegido por duas serpentes 'uraeus".






 Múmias de crocodilos





 Representação hieroglífica do deus-crocodilo  SOBEK.



 Capitel de coluna multiforme.


Capitéis palmiforme e lotiforme.


Capitel palmiforme.


Capitel com botões e flores de lótus.




Hieroglifos em alto-relevo.



Detalhe de pintura no teto. 



Decoração do teto.



Os templos ptolomaicos são enriquecidos de aposentos,
pequenos cômodos,
corredores,
recessos,
passagens secretas e subterrâneas.




 
 Entrando em antiga passagem secreta do templo.



 
 Saindo do outro lado da passagem secreta.







Minha sombra projetada na parede do templo. 









 Um antigo 'nilômetro' dentro do Templo de Sobek : marcava a altura das cheias do Nilo.
Alguns turistas jogam lixo aqui.





 Detalhe de encaixe de piso.





 Baixo-relevo.

 Detalhe de pé feminino em baixo-relevo.




 O tratamento dos baixos-relevos ganhou contornos nitidamente gregos, embora influenciados pela arte egípcia.
O volume dos corpos são tratados com mais plasticidade.






 
Hieróglifos de divindades em baixo-relevo.










 Anita, no Templo de Sobek.






 
Mordida de leão.






 Símbolo da união das Duas Terras : o Alto e o Baixo Egitos.







 
 
 Nossos amigos de viagem atravessando a passagem secreta.







Iluminação noturna.



"Serek"  da saída do templo.




Encantadores de serpentes com uma 'naja'.



 Anoitecer.


 Vista noturna do Templo de Sobek.






 Venda de jóias egípcias.







Partida de Kon-Ombo.





WMV









Visitado no entardecer de 04 de fevereiro de 2000.